Várias e diferentes teorias (biológicas, sociológicas, psicológicas e culturais) buscam explicar e contextualizar o processo do envelhecimento humano. Variando do mais fechado (determinismo) para o mais aberto, diferentes modelos tentam explicar como e por que envelhecemos.
+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia
Um exemplo de Teoria
Erik Eriksson desenvolveu sua teoria de Desenvolvimento Psicossocial baseada no princípio epigenético, ou seja, que as pessoas crescem em uma sequência que ocorre ao longo do tempo e no contexto de uma comunidade maior.
Apresentada em 8 idades: 1 idade: Confiança X Desconfiança (0-18 meses), 2 idade: Autonomia X Dúvida e Vergonha (18 meses a 3 anos), 3 idade: Iniciativa X Culpa (3-6 anos), 4 idade: Indústria X Inferioridade (6-12 anos), 5 idade: Identidade X Difusão ou Confusão (12-18 anos), 6 idade: Intimidade X Isolamento (18-30 anos), 7 idade: Generatividade X Estagnação (30-60 anos) e 8 idade: Integridade X Desespero ( após 65 anos).
Minha teoria
Eu não gosto muito de receitas mas, obviamente, não vivo sem elas. Modelos e teorias são importantes para enxergarmos e lermos o mundo, a partir de estudiosos/as que chegarem antes de nós. Pessoas mudam, teorias ficam defasadas, outras superadas, e está tudo bem. Nada se inventa do nada, tudo está conectado de alguma maneira, mesmo em diferentes continentes.
Vida real
Na vida real, a minha teoria de vida, nada científica, mas oriunda dos saberes experenciais é a seguinte: até os 18 anos: Ingenuidade, Romantismo e Dependência são uma constante; dos 18 aos 40 anos: Conhecimento, Produção e Estabilidade; dos 40 aos 60 anos: Prazer, Liberdade e Religiosidade, dos 60 aos 80 anos: Consciência, Desapego e Espiritualidade e dos 80 em diante: o que vier é lucro, Dependência e Finitude.
Tudo depende...
Obviamente nenhuma teoria ou modelo dá conta, isoladamente, de tudo. Somos múltiplos, plurais. A cultura exerce um papel central no desenvolvimento e nas experiências humanas. Por isso, apesar do caos, das guerras e do capitalismo que nos assolam, sou otimista, vivo com ironia e bom humor, tento vencer adversidades e desafios e, sobretudo, aprender com eles. Uma coisa é certa: só não envelhece quem morre. Envelhecer e não enlouquecer, esta é a receita, o modelo, a minha teoria. Oremos. Batuquemos!